Das "verdades múltiplas" ao "vale tudo"
Marcas de origem e contextos de apropriação do relativismo cultural pela extrema direita no Brasil atual
DOI:
https://doi.org/10.35305/rea.viXXXII.238Palavras-chave:
Relativismo Cultural, Teoria Antropológica, Direitos Humanos, Negacionismos, Extrema DireitaResumo
Propondo a resignificação de tradições vividas na antropologia, este artigo apresenta uma genealogia dos primeiros usos do conceito de relativismo cultural, observando suas ressonâncias durante a emergência da extrema direita no Brasil de hoje (Dias, 2018). Ao pesquisar sua construção inicial nos Estados Unidos no século XX (Boas, 1928), ele pondera a reação da antropologia relativista à Declaração Universal dos Direitos Humanos (Du Bois, 1947; Statement, 1947). Posteriormente, ele denúncia a apropriação do relativismo cultural pelos movimentos negacionistas (Roque e Almeida, 2021) no Brasil de hoje, num contexto que alimenta visões autoritárias, neoliberais, individualistas, racistas e eugenistas (Leys Stepan, 2005) dentro e fora do campo científico. Finalmente, diante de uma situação definida como de “abuso do relativismo cultural” (Afshari, 2001), o texto abre uma reflexão sobre a necessidade de atualização disciplinar em diálogo permanente com o campo dos direitos humanos, redefinindo nossa tarefa educativa como agentes de mediação de um conhecimento histórico, público, crítico e situado
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